Intranet e Rede Social Corporativa

Cultura da confiança nas organizações: alicerçando relações sólidas

Segundo a Gallup, 87% das pessoas não se sentem engajadas no trabalho, e dentre as principais razões constam: falta de escuta e diálogo; falta de relação sincera; e solidariedade com os problemas uns dos outros. Ainda, 85% das pessoas que pedem demissão, relatam como motivo o relacionamento com o líder direto.

Confiança, segundo o dicionário Aurélio, é a crença na probidade moral, na competência, na lealdade, na boa intenção de alguém. Tem a ver com segurança e respeito em relação às pessoas. No mundo de hoje, o foco está na qualidade das relações. Muitas organizações mantêm as relações no controle e no medo ao invés da confiança e do engajamento. No entanto, a liberdade de se expressar é um pilar fundamental de uma cultura de confiança. É com ela que conquistamos inovação e colaboração.

Ainda, outro pilar é a coerência entre valores declarados em uma organização e o que é praticado no dia a dia. Ela é fundamental em todos os níveis e, se não praticada, pode quebrar a confiança nas relações. Para isso, reconhecer quando erramos e as nossas incoerências é muito importante.

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Ferramenta “Janela de Johari”: técnica para analisar as relações

Uma boa ferramenta para analisar a maneira como uma pessoa se relaciona com as outras em um grupo ou em organizações, foi criada em 1965 por dois pesquisadores americanos, Joseph Luft e Harry Ingham. O termo “Johari” foi obtido a partir da junção dos dois nomes dos autores, Joseph e Harry. A Janela de Johari consiste num quadro composto de quatro partes, que pode ser visto na figura abaixo:

confiança

• A arena pública é conhecida pela pessoa e ao mesmo tempo pelos outros (o que sei sobre mim e o que os outros sabem) Exemplo:falo muito;

• A arena desconhecida para a própria pessoa e conhecida pelos outros, é chamada arena cega (o que não sei sobre mim e os outros sabem) Exemplo: jeito agressivo de se posicionar;

• A arena que é conhecida pela própria pessoa e desconhecida pelos outros é chamada arena particular (o que os outros não sabem sobre mim) Exemplo: algum trauma vivido;

• A última, desconhecida tanto para a própria pessoa quanto para os outros, é chamada arena desconhecida – também subconsciente ou inconsciente, de acordo com a psicologia freudiana. A parte submersa do iceberg também faz analogia a esta arena Exemplo: talento que eu não sei que tenho.

Passo a passo para preencher a ferramenta “Janela de Johari”

  1. Autoavaliação – identificar principais características: extrovertida, criativa, falante, organizada;
  2. Pergunte para outras pessoas como o veem;
  3. Unifique, padronize ou agrupe características semelhantes. 

Como analisar as relações e otimizá-las

O tamanho das arenas pode variar devido à interação. Se a pessoa recebe feedback de outros, a arena cega pode diminuir. Se a pessoa está disposta a compartilhar informações pessoais com outros, a arena particular pode diminuir. As outras arenas, nesses casos, aumentam.

Assim, o cenário ideal para relações de confiança e autênticas, e isso também abarca as relações nas organizações, é aumentar a arena pública e diminuir as arenas cegas e particulares. Dessa forma, as expectativas ficam alinhadas e menos desentendimentos acontecem. Para isso acontecer, todos os envolvidos devem estar abertos para o autoconhecimento, diálogo, feedbacks, mostrar suas vulnerabilidades e lidar com opiniões divergentes. 

Sobre a autora

Dani Moreira

Especialista em Comunicação Interna e Endomarketing, Dani é embaixadora e especialista Prodtool.

Pós-graduada em Comunicação Corporativa pela ESPM, atua há 10 anos com Comunicação e já passou pelos setores de varejo, mídia, tecnologia e educação.